A invasão dos estudantes
Nesta época do ano, procura por imóveis para alugar aumenta em até 50% por causa..
O site Global Property Guide atribui a desvalorizações dos imóveis na maioria dos mercados pesquisados ao fraco crescimento econômico mundial, às preocupações com o elevado endividamento dos países ricos, à baixa confiança do consumidor e ao alto desemprego em diversas nações.
Já a situação no Brasil seria oposta porque a economia vai bem. O Banco Central está em meio a um ciclo de redução das taxas de juros – o que sempre é positivo para o mercado imobiliário. As incorporadoras também costumam explicar as altas de preços com o aumento dos custos de construção, já que mão de obra, terrenos e materiais de construção são hoje muito mais caros do que eram há alguns anos.
O que muita gente se esquece em épocas de euforia é que, da mesma forma que os preços sobem, também podem descer. A Ásia é um bom exemplo disso. Segundo a pesquisa da Global Property Guide, com exceção da Índia, os preços estão acomodados ou até mesmo em queda na região, que foi a queridinha dos investidores globais na década passada.
As valorizações em Hong Kong, Cingapura e China foram bem menores em 2011 do que no ano anterior. Já em Tóquio e Taiwan, houve recuo de preços. As desvalorizações ocorreram mesmo com a região ainda em um momento econômico favorável, o que levou o Global Property Guide a afirmar que o “boom imobiliário na Ásia acabou”.
A Europa é outra região que prova que os preços podem cair – em alguns casos, de forma acentuada. Espanha, Grécia e Irlanda apresentaram péssimos resultados neste ano. O alto endividamento e a falta de confiança dos investidores reforçam a percepção de que a Europa entrará em nova recessão em breve – o que sempre tende a enfraquecer o mercado imobiliário ainda mais do que outros setores da economia.
Fonte: Exame.abril.com.br