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Para orientar síndicos e moradores na hora da reforma, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) vai lançar em agosto uma publicação sobre o tema intitulado "Manual para obras e serviços técnicos em condomínios". Obtida com exclusividade pelo Estado, a cartilha - já aprovada, e em fase de edição - pretende conscientizar a população sobre a importância de haver uma supervisão técnica responsável pelas obras, já que grande parte dos acidentes ocorre quando não existe esse suporte.
"Eu propus a criação da cartilha ao constatar a quantidade de leigos que fazem a reforma em condomínios. Isso sempre é um risco, mas no caso dos verticais é mais perigoso por causa de elementos comuns, como canos e fios passando pelas unidades ", diz a arquiteta Denise Guarezzi, coordenadora do grupo do Crea que desenvolveu o texto.
Junto com ela, outros seis profissionais ligados ao conselho participaram da iniciativa, que começou em maio do ano passado. "Na rua é mais fácil de a prefeitura e Crea fiscalizarem. Porém nos condomínios é mais difícil de saber o que acontece. A maneira de prevenir acidentes neles é contar com a ajuda dos síndicos", afirma Denise.
A arquiteta lembra que são os síndicos que devem ficar atentos, pois a responsabilidade civil e criminal pode recair sobre eles em casos de incidentes. "Quando uma empresa ou profissional com registro no Crea emite uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) a responsabilidade é transferida", explica.
Toda a preocupação levanta a questão: quando o técnico é preciso? "Para um leigo pode parecer que a troca de um piso é simples e não precisa de supervisão técnica. Mas o que se desconhece é que existem questões de impermeabilização e nivelamento, entre outros fatores", diz a arquiteta. O engenheiro civil e diretor da Daniel e Figueiredo Consultores Associados, Flávio de Figueiredo, concorda. Com experiência de 30 anos fazendo perícias, já viu muitos absurdos.
"As pessoas acham que reforma é brincadeira e raramente usam um especialista. Eu sou chamado quando a besteira está feita e aconselho: se o serviço for mais amplo que um reparo, procure pessoas habilitadas", indica Figueiredo.
Outra item que muito leigos não sabem é que a forma como o prédio foi construído pode tornar perigosa uma reforma. "Tivemos um caso muito grave em um dos nossos condomínios. O edifício era construído em alvenaria estrutural e um morador resolveu derrubar uma parede. O que ele não sabia é que neste tipo de construção, a divisória serve como uma viga", conta a gerente de relacionamento da Lello Condomínios. Márcia Romão. Isso preocupou a construtora, que ameaçou suspender a garantia do prédio inteiro, prejudicando todos os moradores. "No final, a construtora reconstruiu a parede para garantir a segurança."
Apesar da segurança que traz à obra, o preço é, em geral, a maior questão para a não contratação de um técnico. "Ter um profissional supervisionando a reforma encarece em média 5% o custo final", diz o diretor técnico do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo,José Antonio da Silva Quaresma.